domingo, 29 de abril de 2012

O volante nos transforma.

Outro dia presenciei una cena que me fez refletir sobre nossas atitudes.
Um motociclista parou entre os carros, um pouco à frente, quando fechou o sinal. Ao abrir, o motociclista acelerou e o motor da moto engasgou e morreu. O motorista que estava no carro ao lado avançou esbarrando na perna do motociclista. Este olhou assustado e pediu paciência. Então o casal que estava dentro do carro desfiou uma sequência de ofensas e grosserias, que obviamente encontraram eco na contraparte.

Quando você vê de fora este tipo de situação, não diretamente envolvido, se percebe o absurdo da falta de educação. Qual a razão de nos sentirmos ofendidos por uma manobra alheia que nos atrasa ligeiramente? O que nos dá o direito de mandar um monte de impropérios em cima de outro cidadão?
Aparentemente no comando de um veículo, voltamos a nos sentir bárbaros e tudo parece uma ameaça, a coisa toda vira uma guerra! A carroceria do carro funciona como uma blindagem e nos sentimos no direito de impor nossa supremacia, seguros de não sofrer represálias.

O que houve com a gentileza, a cortesia e a boa educação?
Aparentemente quando entramos em algum veículo este tipo de coisa é deixada do lado de fora.

Um comentário:

  1. É interessante isso, de como a gente perde os modos quando está no trânsito. Ninguém tem paciência para esperar sequer um minuto quando um carro enguiça, ou tem que fazer uma manobra, ou precisa largar alguém... Se tem alguém que vive estressado é o tal do motorista.E dê-lhe xingamento.

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