quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Blind Faith:

Eu gosto dos clássicos do rock, principalmente das grandes baladas, com longos solos de guitarra ou de outro instrumento qualquer, geralmente encontrados em discos gravados ao vivo. Obviamente que existem excelentes álbuns de estúdio também. Minhas preferidas são músicas com mais de oito minutos, chegando tranquilamente aos quinze, sem entediar em nada, muito pelo contrário. Um exemplo que me vem à cabeça é a música Double Trouble do Eric Clapton no álbum Just One Night de 1980, uma maravilha o álbum todo. E foi justamente pesquisando a longa discografia deste grande guitarrista que encontrei um trabalho pouco conhecido no Brasil, trata-se de um grupo formado pelo próprio Eric Clapton (vocais e guitarra), Ginger Baker (bateria), Steve Winwood (vocal e teclado) e Ric Grech (baixo e violão). O grupo só gravou um álbum em 1969, com o mesmo nome da banda: Blind Faith. Na capa do álbum uma adolescente de seios de fora segura uma nave espacial que mais parece um símbolo fálico, obviamente motivo de mitos e controvérsias na imprensa da época. Na versão para os EUA a capa foi proibida e aparece uma foto da banda. Posteriormente foi lançada uma versão estendida, sendo essa a minha preferida. Na primeira versão era apenas um bolachão, já na segunda, dois discos tendo 5 músicas com mais de 12 minutos cada uma, sendo que uma delas passa de 16 minutos. O resultado é fantástico e uma boa surpresa para quem não conhece, vale a pena conferir. Reza a lenda que o pessoal só queria se divertir tocando junto, porém o sucesso foi tanto que eles resolveram acabar com o grupo, pois a agenda da banda estava dando muito trabalho, é mole?

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Ensaio sobre a cegueira.

É sempre uma boa surpresa assistir um filme sem esperar grande coisa e encontrar uma narrativa interessante. Bom, qualquer coisa fora do padrão norte-americano comum, para mim, já merece um pouco de atenção. Outro dia vi o Ensaio sobre a cegueira, uma produção Brasil /Japão/Canadá em cima do livro do escritor português José Saramago, com trilha sonora do Uatki, grupo brasileiro que fabrica seus próprios instrumentos. O filme é notável pela proposta da história e a trilha sonora é simplesmente maravilhosa. Para quem gostou do já consagrado Oficina Instrumental de 81, se não me engano, vai adorar a trilha sonora do filme, principalmente a música Dança dos hexagramas.