quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Kon Tiki às avessas

Crânios antigos pertencentes ao Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro foram analisados geneticamente e esta análise mostrou característica totalmente inesperada. Mostrou que o genoma apresenta traços de uma linhagem extinta de índios brasileiros chamados botocudos. Mas a surpresa veio quando ao verificar o DNA destes índios, os cientistas encontraram características genéticas de povos polinésios. 
Os botocudos habitavam regiões dos atuais Estados de Espírito Santo, Bahia e Minas Gerais. Foram extintos no final do século 19. Sua população já começou a diminuir em função de conflitos com os portugueses, a quem não aceitavam se submeter.


 Botocudos

Então a opinião levantada pelo norueguês Thor Heyerdahl em seu delicioso livro Kon Tiki, no qual narra a aventura que viveu com o objetivo de provar a possibilidade de seu ponto de vista a respeito do povoamento da polinésia está correta?



A questão é a seguinte: Na década de 1940 Thor levantou a idéia de que os polinésios poderiam ser descendentes de americanos da região do Peru, que teriam navegado da América do Sul às ilhas polinésias em balsas rústicas de madeira. A elite intelectual da época rechaçou a idéia, afirmando que tal feito seria impossível. Então Thor agregou alguns companheiros, construiu uma jangada precária no Peru e partiu com sua trupe atravessando o Oceano Pacífico. Foi um feito extraordinário e provou, na época, que seu ponto de vista era viável.

Agora com esta evidência genética, volta a se pensar nesta conexão estranha e improvável, mas em um sentido inverso.






Kon Tiki no museu em Oslo





Percurso



Thor Heyerdahl